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Capítulo 21 de 51

1Filho, pecaste? Não o faças mais. Mas ora pelas tuas faltas passadas, para que te sejam perdoadas.

2Foge do pecado como se foge de uma serpente, porque, se dela te aproximares, ela te morderá.

3Os seus dentes são dentes de leão, que matam as almas dos homens.

4Todo pecado é como uma espada de dois gumes: a chaga que ele produz é incurável.

5O ultraje e a violência destroem as riquezas. A mais rica mansão se arruína pelo orgulho; assim será desenraizada a riqueza do orgulhoso.

6A oração do pobre eleva-se de sua boca até os ouvidos (de Deus), (e Deus) se apressará em lhe fazer justiça.

7Aquele que odeia a correção segue os passos do pecador, aquele que teme a Deus volta ao seu próprio coração.

8De longe é conhecido o poderoso de linguagem insolente, mas o homem sábio sabe como se descartar dele.*

9Quem constrói a sua casa à custa de outrem, é como aquele que amontoa pedras para (construir) no inverno.

10A reunião dos pecadores é como um amontoado de estopas: seu fim será a fogueira.

11O caminho dos pecadores é calçado de pedras unidas, mas ele conduz à região dos mortos, às trevas e aos suplícios.

12Aquele que guarda a justiça penetrará o espírito dela.

13A sabedoria e o bom senso são a consumação do temor a Deus.

14Jamais se tornará hábil aquele que não é sábio no bem,

15pois há uma sabedoria que produz muito mal. E o bom senso não está onde está a amargura.

16A ciência do sábio espalha-se como a água que transborda, e o conselho que ele dá permanece como fonte de vida.

17O coração do insensato é como um cântaro lascado, nada retém da sabedoria.

18Qualquer palavra sábia que ouça o homem sensato, ele a louvará e dela se aproveitará. Que a ouça um voluptuoso, e ela lhe desagradará, e ele a arremessará para trás de si.

19A conversa do insensato é como um fardo para carregar, mas o encanto se acha nos lábios do homem sensato.

20A conversação do homem prudente é procurada na sociedade; todos relembrarão suas palavras em seus corações.

21A sabedoria é para o insensato como uma casa arruinada; a ciência do insensato é feita de palavras incoerentes.

22A instrução é para o insensato como peias nos pés e como algemas nas mãos.

23O insensato eleva a voz quando ri, mas o homem sábio sorri discretamente.

24Para o homem prudente a ciência é um ornato de ouro, uma pulseira que traz no braço direito.

25O insensato põe facilmente os pés na casa do vizinho, mas aquele que tem educação hesita em visitar um poderoso.

26O insensato olha dentro de uma casa pela janela; o homem bem-educado permanece fora.

27É sinal de loucura escutar a uma porta; o homem prudente indigna-se com tal grosseria.

28Os lábios dos imprudentes só proferem tolices, mas as palavras do sábio têm peso na balança.

29O coração dos insensatos está na boca, a boca dos sábios está no coração.

30Quando o ímpio amaldiçoa o adversário, amaldiçoa-se a si mesmo.*

31O delator macula-se a si próprio, e é odiado por todos; o que mora com ele será odioso, mas o homem sensato que se cala será honrado.